sexta-feira, 22 de abril de 2016

RUY VENTURA | O surrealismo e as suas consequências absolutas


[…] não se é Surrealista pelo simples facto de coexistir com uma vida diária sujeita de bom grado à venda, um poema ou uma escultura dita absurda. […] falta-lhe a transparência ou a opacidade do Universo próprio, falta-lhe a imaginação criadora e transformadora, falta-lhe o Amor e a Liberdade, falta-lhe a Potência Poética. Estas palavras foram traçadas pelo escritor que Mário Cesariny de Vasconcelos qualificou como o mais importante poeta surrealista português, pela densidade da sua afirmação e na ‘direcção desconhecida’ para que aponta: António Maria Lisboa. Nesse texto, intitulado Erro Próprio (talvez o mais fulgurante e esclarecedor manifesto nacional do surrealismo) afirma: Dentro dos nomes genéricos, mais amplos e capazes de abrigar as personalidades mais díspares, foi até hoje o Surrealismo que me apareceu, pois os seus princípios e, portanto, denominadores comuns são poucos e indistintos – automatismo psíquico, Liberdade, encontro dum determinado ponto do espírito sintético, o Amor, a transformação da realidade, a recuperação da nossa força psíquica, o Desejo, o Sonho, a POESIA.
Apesar do entusiasmo, não deixou contudo de avisar os navegantes mais desprevenidos e/ou mistificadores: […] mesmo assim, […] se criaram as diversas cores Surrealistas […] e de tal forma e tanto mais feroz, que o Movimento ou passa a ser a cauda dum Pontífice Inadmissível ou cai na ofensa e na querela inútil do EU SOU tu não és […] (idem)
Talvez por estas e por outras razões, numa carta enviada do Sanatório dos Covões, em Coimbra, ao amigo que acabaria por salvar (e modelar) o que restou da sua obra (Cesariny), teve a liberdade de afirmar, sem equívocos: […] não pertenço a grupo surrealista algum, não nego o surrealismo, as suas conquistas, a experiência realizada; não posso é suspender-me em atitudes, gestos, palavras, ditos já convencionais. É aos actos-palavras e não às palavras que supõem actos, que me dirijo. Não me interessará que se digam ou não surrealistas ou outra coisa interessa-me o que dizem após isso.” E revela no Erro Próprio: […] Não se trata de negar o Surrealismo e os seus Princípios, mas de repor o Movimento e de me pôr em relação a ele. E tal como André Breton em 1929 […] proponho a sua Ocultação, a sua verdadeira Ocultação – no verdadeiro sentido de OCULTAÇÃO!
Lembro que, para o autor de Ossóptico, no mesmo manifesto, a Poesia não se deve confundir […] com as formas diversas de expressão que toma. O seu acto é fechado e não aberto, é hermético, é um puro ser mundo sem os predicados da comunicação exigida pela vida societária, é íntimo e não espectacular (“Operação do Sol”). Na sua opinião, Pensamento Poético e Poesia metacientífica são termos equivalentes. Diz numa carta a Mário Henrique Leiria: Este movimento ou corrente de ideias e acção é um movimento de Poetas absolutamente em oposição àqueles que são apenas ‘fixadores do real’ – mesmo dum real já conquistado (como é todo o real). Não poderia ser de outro modo, pois temos em mãos a obra de alguém que via no Paradoxo a forma do Saber Oculto (A Verticalidade e a Chave) e concebeu a Poesia enquanto Realidade Liberta que não permite ao Homem falsear o Invisível (idem).
Para se chegar a esse ponto propõe uma iniciação. A via é sedutora, embora mostre contradições a que é preciso estar atento: […] damos exaustiva importância a toda a acção Mágica, que se caracteriza, em oposição à Mística: Impositiva, Transformadora, Sintética, Diabólica, Convulsiva. § O Poeta já não apela para a lógica do espectador (antes a nega), nem tão pouco para a sua memória da natureza – mas para a sua Imaginação. § Trata-se de INVENTAR O MUNDO! Descobrir as semelhanças e dissemelhanças, pôr a nu o rendilhado que une o Invisível ao Visível […] (Erro Próprio). Pergunto-me se será possível separar a Mística da Poesia, desde que entendidas em sentido lato? Estarão em campos opostos o mistério e o invisível/intangível?
Para o surrealismo mais canónico, assim parece… André Breton, em textos finais, como a introdução a Signe ascendant (1949), encarrega-se de esclarecer a sua opinião sobre as ligações e as divisões entre a analogia poética e a analogia mística no âmbito da estética do movimento que fundou e dirigiu. Ouso traduzir: A analogia poética tem de comum com a analogia mística a transgressão das leis da dedução para que o espírito apreenda a interdependência de dois objectos de pensamento situados em planos diferentes, entre os quais o funcionamento lógico do espírito não consegue lançar ponte alguma […]. A analogia poética diferente fundamentalmente da analogia mística ao não pressupor de modo algum, através da trama do mundo visível, um universo invisível que tende a manifestar-se. É totalmente empírica […], só o empirismo lhe podendo assegurar a total liberdade de movimento necessária ao salto que deve proporcionar. Considerada nos seus efeitos, é verdade que a analogia poética parece, como a analogia mística, militar em favor da concepção de um mundo ramificado a perder de vista e inteiramente percorrido pela mesma seiva, mas agarra-se sem constrangimento ao quadro sensível, sensual, sem ter qualquer propensão de se dirigir ao sobrenatural. Ela tem em vista fazer entrever e valorar a verdadeira vida ‘ausente’, mas […] não sonha um sequer instante em virar as suas conquistas para a glória de algum ‘além’.
Em 1953, no ensaio “Du surréalisme en ses oeuvres vivantes”, acabou contudo por asseverar: […] somente numa total humildade o homem pode pôr ao serviço do reconhecimento do que o envolve o pouco que sabe de si mesmo. […] o grande meio de que dispõe é a intuição poética. Esta […] quer-se não somente assimiladora de todas as formas conhecidas, mas arduamente criadora de novas formas – abraçando todas as estruturas do mundo, manifestado ou não. Somente ela nos fornece o fio que nos leva ao caminho da Gnose, enquanto conhecimento da Realidade supra-sensível, ‘invisivelmente visível num eterno mistério’.
Parece haver duas concepções em confronto, a não ser que se trate de estratégia de ocultação. O surrealismo surge como uma estética paradoxal, o que não é necessariamente mau, dado que permite abrigar, como referiu António Maria Lisboa, as personalidades mais díspares. [1] Nos Estados Unidos da América, houve porém quem tivesse necessidade de (e)levar até às últimas consequências as mais sólidas concepções latentes ou manifestadas na miríade de textos teóricos produzidos pelo movimento um pouco por todo o lado. Partindo de autores tão próximos e tão distantes (no tempo) quanto o místico anónimo d’ A Nuvem do Não-Saber (séc. XIV) e Philip Lamantia, o poeta Andrew Joron teve de propor um novo manifesto surrealista – “On New-Surrealism” (2007) –, que curiosamente dá à Poesia um papel que não se afasta muito do que foi desvendado em Portugal, muitas décadas antes, por Teixeira Rego e Álvaro Ribeiro. A poesia, neste texto refundador, equivale à expressão do sobrenatural, de um sobrenatural não meramente psíquico/anímico, mas também espiritual, embora de um espírito impuro, no âmbito da razão animada (A. Ribeiro). Traduzo: O esforço para conceber o divino, seja por palavras ou por acções, dissolve no limite toda a distinção entre sujeito e objecto. Neste desafio, a linguagem – a membrana terrestre da alma – deve chegar a um espaço impossível onde o sentido se conserva fora de si próprio, permitindo que a Palavra se transforme em ekstasis. É esta a condição para a poesia absoluta. […] Enquanto a linguagem ascende ao divino, as palavras adquirem propriedades novas e sem precedentes que as levam à relação poética com o diferente. Neste ponto, é o próprio acto discursivo que manifesta a natureza indizível do divino. A união mística não silencia, mas em vez disso abre a Palavra. […] O encontro com o Absoluto tem também de relativizar a distinção entre discurso e silêncio. Do mesmo modo, penetrar no espaço do Absoluto significa extaticamente perder a face de cada um: deixa de haver, finalmente, distinção entre ascensão e descensão. Este ponto de travessia é um lugar de inteira suspensão, de uma elocução suspensa na cruz do ser-para-além: o Grito no zero.
Claro que o surrealismo, desde os seus fundamentos, nunca foi apenas uma estética, mas sobretudo uma ética totalizante. Não sei se as dissensões internas e as contradições práticas e teóricas levaram à concretização dos objectivos e das propostas do movimento, mas vale a pena lembrar Mário Cesariny: Nenhum movimento […] propôs tanto, a um só tempo, uma real cidadania para todos e uma real liberdade de cada um consigo (“Sem título”, 1948). Há alavancas morais e moralizantes subjacentes à acção – “revolução” – surrealista. Nessa estreita passagem sobre o abismo, como lhe chamou Breton numa nota ao Segundo Manifesto (1929), devemos ter em conta afirmações como as de Pedro Oom (Todo o acto de revolta ou de rebeldia, todo o processo de violentar ‘a natureza’ e de desconhecer o direito e a moral é para nós poesia […] se [o poeta] tem de possuir uma estética e uma moral é, sem sombra de dúvida, uma estética e uma moral próprias.) ou de Ernesto Sampaio: A Moral é a acção da Poesia. Quero dizer: o poeta é exemplar. Ele não pode aceitar que à sua volta se coisifique o homem. (Parece que ouvimos Leonardo Coimbra…)
Saber e acção parecem ser a síntese, verbalizada no nome do ser angélico, mulher-mãe, que assistiu A. M. Lisboa: Sagir; o outro vértice do triângulo está na Palavra, onde tudo começou e aonde tudo deve regressar. O autor de Erro Próprio chega a escrever que deseja abandonar o surrealismo sem abandonar o universo surreal (liga da Realidade e do Sonho), criando uma metaciência, que é a realização do Pensamento Poético e do conhecimento Poético (carta a Cesariny, 1950). A verdade da palavra poesia obriga, de facto, à acção e à redacção, como se sabe pela sua etimologia… Parece-me certo quanto afirma: […] Eu sei que é precisamente pela contribuição individual que se consegue o Grande Desígnio a que todo o Homem em princípio se propõe: Viver Livre! […] / […] É este desejo profundo, a necessidade de expressão total e de total realização, de Amor verdadeiro e Livre, como assim a oposição em que estávamos com a sociedade moderna, que fez surgir no nosso espírito e com os nossos actos este Movimento Poético (Erro Próprio).
À pergunta central, arquicitada – Até que ponto pode chegar um homem desesperado quando o ar é um vómito e nós seres abjectos? – António Maria Lisboa responde contudo paradoxalmente, numa deriva dualista, quase maniqueísta, de um espírito que parece rejeitar a matéria: […] E esta posição de abjecção, de desespero irresignável, leva-nos à única posição válida: – SOBREVIVER, mas Sobreviver LIVRES […] lutar contra as forças que nos contrariam, […] não colaborar com elas. Cesariny, certamente incomodado, precisou que tudo isto se referia ao abjecto período da ditadura salazarista. Talvez… A resposta até poderá estar certa se sobreviver significar viver superiormente (o que não está fora de causa) e se esse sobre-viver não implicar um desfazer do equilíbrio entre a contemplação e a acção (contido afinal no nome-verbo sagir, criado por Lisboa) e não destruir uma visão matizada da sociedade e do homem individualmente considerado. Nem todo o ar era/é um vómito; nem todos os homens eram/são seres abjectos… A via de salvação exposta é contudo clara, embora deixe na sombra, oculte, a sua meta final (como aliás propôs Breton em 1930). A transformação será total, sedutora, embora não isenta de perigos (se levada, cegamente, ao extremo, pode provocar uma radical anulação do ser humano, pela loucura, num catarismo dissolvente e anti-humano): [2] Dá-se o abandono da Terra e dos valores que a conservam idêntica a si há milénios. Da Terra, da Pátria, da Religião, da Família. O Poeta parte. Em todos os momentos se desconhece e em todos se reconhece. […] ele mata para amar, ele destrói-se para se ver, ele queima para que nasça. Ao AMOR-MÚLTIPLO antecede-lhe o AMOR-ÚNICO e a este corresponde-lhe o encontro do múltiplo.
A fuga ao mundo é porém algo distinta do habitualmente apresentado: A vida Pretendida não é outra do que a que perdemos na Infância – […] esse Mundo de Fantasia […] de Imaginativos e Travessos e Amorosos de qualquer espécie, que a todo o momento constroem um Mundo Infinito-Completo-Complexo-Simples, sempre harmonioso, até no choque, e sempre desejado […]. Tudo se passa como numa peregrinação: Perdido o ‘contacto colaborante’ com a realidade parcelar que o homem moderno sustenta, […] é uma suprema decisão esta a de VIAJAR e ir encontrando, ao mesmo tempo que caminhamos, a paisagem que se abre e que se repudia ou que se guarda e que se fixa.
Creio que tem razão António Cândido Franco quando afirma que “A via pela qual se cumpre o mundo incriado e distante não é outra que a imaginação”, “como suporte ideativo da memória” e “garantia de que a unidade do Universo […] é possível”, ligando a surrealidade à saudade, a primeira como manifestação da projecção onírica de formas fixas e a segunda como projecção espiritual de formas corpóreas (O Mar e o Marão, 1989). Não me parece todavia claro que o surrealismo mais reconhecido – na sua complexidade e na sua trama paradoxal e contraditória – tenha conseguido afirmar sem equívocos e unanimemente o equilíbrio entre o Alto e o Baixo, entre o Espírito e a Matéria, talvez por preconceitos de que os próprios textos de Breton são expressão, ao sublinharem o empirismo e o materialismo do movimento. Esta hesitação/contradição teve duas consequências nefastas: por um lado, parece transformado um movimento em direcção à luz numa espécie de “taberna espanhola”; por outro, forneceu armas àqueles que, desde o início organizado do surrealismo, tiveram como objectivo assinar a sua certidão de óbito nos livros de literatura e história da arte.
Tudo se teria resolvido de outra forma se os surrealistas, para atravessarem o limiar da porta, tivessem assumido por exemplo as conclusões a que chegou António Telmo, o filósofo da razão poética: […] Não se compreende […] que a esta certeza autárquica de vida, de quem se sente ser, possa opor-se uma negação se ela não vier de um poder superior ao da vida […]. A própria língua o reconhece quando não apresenta nenhum antónimo para a palavra vida: morte é o antónimo de nascimento, como morrer de nascer (História Secreta de Portugal). Teria sido de outro modo se já tivessem proclamado, com clareza, a posição axial desse Amor Único de que falou Lisboa, desse Amor universal e uno que antecede o Amor Múltiplo para que se dê o encontro com a multiplicidade. É preciso, para sagir, colocar em patamares diferentes a existência e a vida, traçar uma poesia activa e contemplativa (transformadora do homem nos actos e nos pensamentos) que passe pela via simbólica (religadora, unitiva, reunindo o distinto, o afastado, o disperso) e pela via etimológica (na procura da verdade da Palavra nas palavras).
Como desejou Fernando Pessoa – ao escrever em 1912 sobre o que mais importava na melhor poesia da “Renascença Portuguesa” (sobretudo a de Junqueiro, Pascoaes e Cortesão) –, vale a pena escreviver uma poesia mística (disposta a forçar as nuvens do mistério) e míxtica (compósita, poliédrica, estereoscópica), que trace o triângulo onde se inter-relacionam o vago, o subtil e o complexo ou, dito de outro modo, onde se entrançam a poesia objectiva, a poesia metafísica e a poesia impressiva. Tal Arte, além da aliança entre a realidade e o sonho, associará, consequentemente, a alma e o concreto, o objectivo e o subjectivo, a síntese e a análise. Omnia in unum – mas sem mediocridades ou ingenuidades de forma, pensamento, aceitação e acção, que uma poesia míxtica não é sinónimo de uma estética epigonal e, muito menos, de um caminho em que tudo se aceita porque nada se valoriza.
Nesta senda (tão necessária ao nosso tempo, como antídoto contra a dissolução que pretende instituir a alienação, a penúria humana e a submissão de toda a criação a Mamon), será importante a recuperação e decisivo o ressurgimento de uma poesia que não tenha medo da via negativa, de entrar pela incerteza de “um caminho de não-saber que conduz a um confronto com aquele ser para além do ser ou, melhor, que coloca o paradoxo de ser para além de si próprio”, que ultrapasse necessariamente os limites da linguagem, numa prática poética que se esforce por dizer o indizível – como escreveu Andrew Joron. Só desse modo existirão vontade e capacidade de rejeição do mundo, das suas servidões e dos seus códigos, sabendo que esse itinerário de estranhamento / peregrinação e de desregramento de todos os sentidos (Rimbaud) levará, se as consequências forem assumidas sem preconceitos, ao secreto, ao sagrado e, sobretudo, ao divino – logo, à metanóia – sejamos nós descrentes, crentes ou apenas sujeitos de uma demanda, à procura de um encontro que ainda não se ofereceu.
Recorde-se, terminando, a árvore, como símbolo desta poesia (e Raul Brandão, um dos fundamentos da nossa melhor poesia contemporânea, como bem sabiam os surrealistas de meados do século XX, não está fora da imagem…). As raízes não saem da terra. O tronco e os ramos crescem todavia em direcção ao firmamento e às nuvens que revelam e ocultam. Crescem e, na sua maturidade, regressam ao chão, oferecendo os seus frutos ao Homem e a toda a criação.

NOTAS
1. Segundo G. K. Chesterton, o paradoxo é garantia de expansão e de estabelecimento de uma visão estereoscópica do universo (vd. Ortodoxia).
2. Catarismo tão combatido pelos franciscanos, nomeadamente por santo António de Lisboa…

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Texto originalmente publicado em A ideia - Revista de cultura libertária – II série – vol. 16 – n.º 71-72 – Outono de 2013, aqui reproduzido graças à autorização de seu diretor, António Cândido Franco. Página ilustrada com obras de Nelson de Paula (Brasil).



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Organização a cargo de Floriano Martins © 2016 ARC Edições
Artista convidado: Nelson de Paula
Agradecimentos a António Cândido Franco, Maria Estela Guedes, Carlos Felipe Moisés e Nicolau Saião
Imagens © Acervo Resto do Mundo
Esta edição integra o projeto de séries especiais da Agulha Revista de Cultura, assim estruturado:

1 PRIMEIRA ANTOLOGIA ARC FASE I (1999-2009)
2 VIAGENS DO SURREALISMO
3 O RIO DA MEMÓRIA

A Agulha Revista de Cultura teve em sua primeira fase a coordenação editorial de Floriano Martins e Claudio Willer, tendo sido hospedada no portal Jornal de Poesia. No biênio 2010-2011 restringiu seu ambiente ao mundo de língua espanhola, sob o título de Agulha Hispânica, sob a coordenação editorial apenas de Floriano Martins. Desde 2012 retoma seu projeto original, desta vez sob a coordenação editorial de Floriano Martins e Márcio Simões.

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