sábado, 21 de maio de 2016

ANTONIO NAUD JR | Ang Lee: nem tudo é perfeito


Praticamente não existe gênero cinematográfico que tenha resistido a tentação de incluir referências homossexuais: desde os filmes de suspense até a comédia sofisticada, desde os filmes de terror até o western mais rude. É precisamente este último gênero, tão norte-americano e machista, que bate recorde de bilheteria e ganha os principais prêmios deste ano com uma sensível história de amor entre cowboys: O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, 2005), [1] de Ang Lee. Antes, ficara evidente a união secreta de Walter Huston e Jack Beutel no maldito O Proscrito (The Outlaw, 1943), os diálogos insinuantes entre John Ireland e Montgomery Clift em Rio Vermelho (Red River, 1948), a ambiguidade do ódio de Mercedes McCambride por Joan Crawford no clássico Johnny Guitar (1954) e uma Doris Day masculinizada em Ardida como Pimenta (Calamity Jane, 1953). Mas nada tão explicito como o mais recente filme do taiwanês Ang Lee.
Fiel adaptação de um conto de Annie Proulx, O Segredo de Brokeback Mountain, nos relata a história de Ennis Del Mar (Heath Ledger) e Jack Twist (Jake Gyllenhall), dois cowboys. Uma relação clandestina de toda uma vida, marcada pelo amor e pelo medo dos comentários de uma sociedade repressora. As cenas de sexo praticamente não existem, as interpretações são assentes na linguagem física e no uso do olhar. A obra é comandada pelo laconismo - emocional, verbal, dramático - pelo não dito, pelo sugerido numa pose, numa expressão e num gesto, pela justeza de expressão, e por muito pudor. Um belo filme que está dando o que falar e que põe em evidência a cinematografia homossexual.
Mas até que ponto pode-se falar da filmografia de temática gay e lésbica como se de um movimento cinematográfico se tratasse? Seria correto afirmar que a produção de filmes e a popularidade desse “gênero” são crescentes, com proliferação de mais de cem festivais em todo o mundo e êxitos como As Horas (The Hours, 2002), em que são lésbicas as protagonistas (Meryl Streep, Julianne Moore e Nicole Kidman) das três histórias em torno de uma novela de Virginia Woolf; Longe do Paraíso (Far From Heaven, 2002), um retrato de “desejos proibidos” em tom aparentemente lúdico, desmontando velhos totens e tabus sexuais, e o espanhol Má Educação (La Mala Educación, 2004), do irreverente Pedro Almodóvar, com Gael Garcia Bernal travestido de Sarita Montiel. É um boom de formato e qualidade muito variada, com alguns filmes nada ambiciosos e aborrecidos, e outros honestos e sensíveis, desenhando personagens humanos, com defeitos e virtudes, sem caricatura, diferente dos primeiros passos homossexuais na história do cinema.
Vivemos um momento em que esperneios ou manifestos estão desvalorizados, e que não se leva muito a sério figuras gays trágicas, desesperadas, decadentes, vilãs ou frustradas, propondo novos horizontes e fronteiras para o universo dos sexualmente diferentes nas preferências e inclinações. Anos-luz do passado em que personagens gays enfocados de forma depreciativa e estereotipada tinham destino punitivo para resolver a problemática homossexual. É imponente a quantidade de produções cinematográficas que incluem alguma trama ou personagem gay entre seus principais atributos ou aquelas que resultam explicitamente gays. O surpreendente é que soterrem preconceitos, arrecadem fortunas e recebam prêmios importantes. Em Tudo Sobre Minha Mãe (Todo Sobre mi Madre, 1999), Oscar de melhor filme estrangeiro, travestis e lésbicas são fundamentais para a força da narrativa. Outros filmes recentes com personagens gays protagonistas da história sacodem o marasmo: o japonês Tabu (Gohatto, 2000), o argentino Plata Quemada (2000) e o italiano Um Amor Quase Perfeito (Le Fate Ignoranti, 2001), por exemplo. Ao que parece, os gays deixaram de lado o papel ridículo que culturalmente foram forçados a aceitar e finalmente reivindicam sua cota de legitimidade social, amparados por seu poder de consumo.
O cinema acatou, ao longo de décadas, códigos rígidos e controle sobre a identidade e o comportamento de seus personagens. Mas a homossexualidade está presente desde a sua invenção, expressando-se inicialmente de forma tímida e dissimulada. Na Suécia, o diretor Mauritz Stiller narrou a atração de um escultor por um jovem que adota como filho em Vingarne (1916). Na Alemanha, cuja capital fora, até a ascensão de Hitler, tratada como Metrópole Gay da Europa e sede da primeira organização do mundo a combater a intolerância sexual, Richard Oswald dirigiuDiferente dos Outros (Anders als Difer Anderen, 1919), com Conrad Veidt interpretando um violonista gay que acaba se matando. A época de seu lançamento, o filme ocupou um dos maiores cinemas de Berlim; mereceu ampla cobertura da imprensa, com críticas em geral favoráveis e foi um sucesso de público. Da obra original só foram preservados 20 a 30 minutos de projeção numa cópia de má qualidade. Ainda nos primórdios do cinema mudo o homossexualismo pode ser visto em A Boneca do Amor (Die Puppe, 1919), de Ernest Lubitsch; em Sodoma e Gomorra (Sodom und Gomorrha - Die Legende von Sünde und Strafe,1922), de Mihaly Kertesz; A Caixa de Pandora (Die Buchse der Pandora, 1928), de G. W. Pabst, com Alice Roberts como a condessa Geschwitz que ama a Lulu da mítica Louise Brooks (um dos maiores ícones homossexuais do cinema); eAsfalto (Asphalt, 1928/9), de Joe May.
Nos anos 30, Marlene Dietrich, vestida de fraque e cartola, atira uma flor para uma mulher da platéia e, em seguida, a beija nos lábios, durante um número musical em Marrocos (Morocco, 1930); Mae West, depois de uma bebedeira, acorda na cama de outra senhora em Noite após Noite (Night After Night, 1932); Greta Garbo interpretou uma monarca masculinizada em Rainha Cristina (Queen Christina, 1933), de Rouben Mamoulian. Na mesma época realizou-se o considerado primeiro filme gay norte-americano, Lot in Sodom (1933), de James Sibley Watson e Melville Webber, do qual hoje só existem fragmentos. Mas eram exceções, pois a censura, de fato, reprimiu o cinema impondo códigos de ética adotados pelos grandes estúdios de Hollywood meses depois da quebra da bolsa de Nova York, em 1929. Até 1969, zelando uma suposta moral, o Código Hayes proibiu questionamentos “não humorísticos” sobre gays e lésbicas em qualquer filme norte-americano.
O controle moral nas telas foi ainda mais maniqueísta durante e o pós-Segunda Guerra Mundial, quando a tradição familiar tornou-se intocável. Diretores gays poderosos não ousavam abordar o tema, e quando o fizeram, caso de Vincente Minnelli em Chá e Simpatia (Tea and Simpathy, 1956), que enfatiza o sentimento de compaixão para com o seu protagonista, não se atreviam o suficiente. O mestre Alfred Hitchcock mostraria outro personagem com tendências gays em Pacto Sinistro (Strangers on a Train, 1951), numa atuação soberana de Robert Walker como Bruno Anthony. Camuflada, a tensão homoerótica aparece latente em De Repente no Último Verão (Suddenly last Summer, 1959),Spartacus (1960) e Lawrence da Arábia (Lawrence of Arábia, 1962). Personagens ambíguos destacam-se na pele de um Sal Mineo em Juventude Transviada (Rebel Without a Cause, 1955) e Paul Newman em Gata em Teto de Zinco Quente (Cat on a Hot Tin Roof, 1958) - baseado em obra teatral de Tennessee Williams, Newman faz um ex-atleta que não tem interesse sexual na bela esposa Elizabeth Taylor - ou Stephen Boyd em Ben-Hur (1959). O que não impediu Jack Lemmon travestido em Quanto mais Quente Melhor (Some Like it Hot, 1959) partir o coração de Joe E. Brown, que na cena final, quando descobre que deseja um homem, pouco se importa e diz a célebre frase: “Nem tudo é perfeito”.
Os atrevimentos e a quebra de tabus morais ficaram por conta de pioneiros europeus, como por exemplo, o escritor e dramaturgo maldito Jean Genet que assinou Chant d’Amour (1950), cuja distribuição comercial nunca autorizou. Roger Vadim enfatizou uma atração lésbica e vampírica entre as sedutoras Elza Martinelli e Annette Stroyberg em Rosas de Sangue (Et Mourir de Plaisir, 1961), talvez o seu melhor filme. A partir dos anos 60 iniciou-se uma complexa leitura psicológica do homossexualismo pelas mãos do sueco Ingmar Bergman no clássico O Silêncio (Tystnaden, 1963), onde são incontroláveis os ciúmes de uma escritora solteira (Ingrid Thulin) por sua irmã divorciada (Gunnel Lindblom) de desenfreada vida sexual. Joseph Losey (O Criado/The Servant, 1963), Pier Paolo Pasolini (Teorema, 1968) e Luchino Visconti (O Crepúsculo dos Deuses/La caduta degli dei, 1969) são outros mestres que abordaram sensivelmente a temática gay. O irreverente norte-americano Kenneth Anger causou polêmica comScorpio Rising (1963) e The Inauguration of the Pleasure Dome (1966), o mesmo acontecendo com as obras experimentais e iconoclastas de Andy Warhol e Paul Morrisey. Os Estados Unidos da América trataram o tema discretamente em Infâmia (The Children's Hour, 1961), de William Wyler, uma releitura da peça de Lillian Hellman contando os efeitos devastadores dos mexericos e rumores escandalosos sobre duas professoras (Audrey Hepburn e Shirley MacLaine) num colégio interno de garotas, e Tempestade sobre Washington (Advise and Content, 1962), de Otto Preminger, sobre um escândalo sexual entre senhores em altas esferas políticas.
Nos final dos anos 60 e princípio dos 70, os excêntricos alemães Rainer Werner Fassbinder, Peter Fleischmann e Rosa von Praunheim fizeram nome no emergente movimento do novo Cinema germânico abordando a temática gay. Fassbinder brilharia com Querelle (1982), uma adaptação da obra de Genet. São desta época também obras impressionantes como os viscontianos Morte em Veneza (Morte a Venezia, 1971) e Ludwig, a Paixão de um Rei (Ludwig, 1973); e Um Dia Muito Especial (Una Giornata Particolare, 1978), de Ettore Scola, com Marcello Mastroianni fazendo um radialista homossexual perseguido em plena Itália fascista da Segunda Guerra. Sucesso comercial, Os Rapazes da Banda (The Boys in the Band, 1970) tem todos os personagens centrais gays; Paixão Selvagem (Je T´Aime Moi Non Plus, 1976), embalado pela famosa canção título, formou uma legião de fãs em torno de Joe D’Alessandro que protagoniza um triângulo amoroso tórrido. Outro triângulo famoso marcou um dos primeiros beijos nas telas entre dois homens: Peter Finch e Murray Head em Domingo Maldito (Sunday Bloody Sunday,1971). Glenda Jackson fazia a rival. Delírio de Amor (The Music Lovers, 1971), de Ken Russell, com Richard Chamberlain e Cabaret(1972), de Bob Fosse, Oscar de ator coadjuvante para o apresentador gay Joel Grey e mostrando sem medos a atração entre Helmut Griem e Michael York, são obras memoráveis.
O que vimos, a partir dos anos 80, foi o cinema deixar de se reprimir e fazer da repressão ao homossexualismo, por exemplo, um de seus motes populares e mais atrativos, com William Hurt levando o Oscar de melhor ator como o afetado Molina do nosso O Beijo da Mulher Aranha (1985). Sem Regras para Amar (Making Love, 1982) ganhou espaço na mídia como o primeiro filme heterossexual orientado positivamente para o mundo gay. Do Reino Unido, o debochado Derek Jarman destacou-se como um dos percussores e responsáveis por essa liberação com cinebiografias escrachadas de Caravaggio (1986) e do rei devasso Eduardo II (1991). A crueza das cenas homossexuais de O Homem Ferido (L'Homme Blessé, 1982) mostrou que era preciso prestar atenção no inquieto metteur-en-scène Patrice Chéreau. É quando a homossexualidade rompe a barreira da repressão moral e ganha um novo status no cinema, invertendo a função de acusado para acusador. Que Tom Hanks beijasse na boca a Antonio Banderas em Filadélfia (Philadelphia, 1993) e ainda por cima levasse o Oscar queria dizer simplesmente que a cultura gay se incorporava no que os norte-americanos chamam de mainstream, a cultura popular. Logo surgiram outros sucessos como as comédias para todos os gostos O Casamento de Meu Melhor Amigo (My Best Friend´s Wedding, 1997) e Melhor... é Impossível (As Good at it Gets, 1997), e os estimulantes Garotos de Programa (My Own Private Idaho, 1991), de Gus van Sant, Traídos pelo Desejo (The Cryng Game, 1993), de Neil Jordan, contando o envolvimento de um militante do IRA com o amante transexual de um refém, e o comovente Morango e Chocolate (Fresa y Chocolate, 1993), um retrato desolado sobre a vida privada na ilha comunista de Fidel Castro.
De lá pra cá, centenas de filmes com temática homossexual foram lançados, oferecendo inclusive uma variedade considerável que mostra a sexualidade gay e lésbica sob vários pontos de vista, desde comédias a dramas, suspenses, policiais e até aventuras. Num dos primeiros filmes comerciais a falar claramente do lesbianismo, Três Mulheres na Intimidade (The killing of Sister George, 1968), uma atriz de meia idade suspeita que a sua jovem namorada esteja tendo um caso com outra mulher, abrindo portas para os talentosos Almas Gêmeas (Heavenly Creatures, 1994), de Peter Jackson, em que a repressão à amizade de duas adolescentes tem trágicas consequências; O Par Perfeito (Go-Fish, 1994), de Rose Troche, um dos melhores filmes sobre a comunidade lésbica; Quando a Noite Cai (When Night is Falling, 1999), de Patricia Rozema, narrando o envolvimento de uma professora de teologia com uma artista de circo; e Aymée e Jaguar (1999), de Max Farberbock, Urso de Prata de Melhor Atriz (Juliane Kohler e Maria Schrader) no Festival de Berlim, sensibilizando com o relacionamento entre judia e esposa de soldado alemão em plena Segunda Guerra. O cinema asiático fortalece o tema com novos autores elevados à categoria de mestres: Tsai Ming-liang, de Taiwan, com O Rio (He Liu, 1997) faz a vez de Bergman no domínio das angústias e dos silêncios; o imperdível Felizes Juntos (Happy Together/Chun Guang Zha Xie, 1997), de Wong Kar-wai, celebra um amor gay decadente em Buenos Aires; Banquete de Casamento (The Wedding Banquet, 1993), colocou abaixo todos os rituais seculares de famílias conservadoras; e outra vez da China, o onírico e sofisticado Adeus, minha Concubina (Bawang Beiji, 1993), de Chen Kaige, Palma de Ouro em Cannes, onde as fascinantes máscaras do Ópera de Pequim acobertam um triângulo amoroso que sobrevive à história conturbada do país.
O Brasil adotou a onda. Rodrigo Santoro faz o marginal travesti Lady Di em Carandiru (2003), de Hector Babenco, e Lázaro Ramos e Matheus Nachtergaele roubam a cena respectivamente em Madame Satã (2002), de Karim Ainouz e Amarelo Manga (2003), de Cláudio Assis. São filmes sem leitura moral, com o Brasil descartando o rótulo de país artisticamente censurado durante tantas décadas. São também fortes os personagens homossexuais de Rainha Diaba (1971), de Antônio Carlos Fontoura; A Estrela Sobe (1974), de Bruno Barreto; Marília e Marina (1976), de Luiz Fernando Goulart, baseado no poema Balada das Duas Mocinhas do Botafogo, de Vinicius de Moraes; Vera (1986), de Sérgio Toledo; Romance (1987), de Sérgio Bianchi; Cinema de Lágrimas (1995), de Nelson Pereira dos Santos e Jenipapo (1995), de Monique Gardenberg. Mas deixando de lado as frescuras preconceituosas das chanchadas de Oscarito e Grande Otelo, o cinema brasileiro já havia apostado na temática lésbica em Noite Vazia (1964), de Walter Hugo Khouri; e gay em O Menino e o Vento (1967), de Carlos Hugo Christensen, em que um engenheiro de férias numa cidade cortada pelos ventos se relaciona com um garoto; e A Casa Assassinada (1971), de Paulo César Saraceni, com Carlos Kroeber arrebatando vários prêmios.
O crescimento do mercado consumidor gay, junto com a maior visibilidade das pessoas que agora ousam dizer o nome do amor que praticam, favorece o surgimento de filmes interessantes sobre a homossexualidade. A música, o teatro, a moda, a fotografia, a literatura e o jornalismo também absorveram a cultura homossexual. No cinema, como pode ser detectado neste artigo, o desejo atravessa suas últimas fronteiras, evitando o círculo vicioso dos clichês e das agressões generalizadas. A imagem do homossexual evoluiu ao longo dos anos deixando de ser superficialmente uma vítima social, um bufo espalhafatoso ou um degenerado agressivo, para se tornar um ser de carne e osso como o Reinaldo Arenas de Javier Bardem em Antes que Anoiteça (Before Night Falls, 2000). Estamos perto do momento em que todas as máscaras serão arrancadas e a sociedade, mesmo assim, seguirá igual com os seus vícios e virtudes, com o desejo gay e lésbico sendo conduzido nas telas sem intolerância, como a muito já o deveria ter sido.

NOTA
1. Na premiação do Oscar, este filme ganhou nas categorias Direção, Roteiro Adaptado e Trilha Sonora. NE



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Antonio Naud Jr. (Brasil, 1970). Escritor, jornalista e aventureiro. Autor de ArtePalavra - Conversas no Velho Mundo (2003), Um Sentido para a Vida - Uma Biografia de Diógenes da Cunha Lima(2004), e Se um Viajante numa Espanha de Lorca (2005). Agulha Revista de Cultura # 50, Março de 2006.

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Organização a cargo de Floriano Martins © 2016 ARC Edições
Artista convidado: Alberto da Veiga Guignard
Imagens © Acervo Resto do Mundo
Esta edição integra o projeto de séries especiais da Agulha Revista de Cultura, assim estruturado:

1 PRIMEIRA ANTOLOGIA ARC FASE I (1999-2009)
2 VIAGENS DO SURREALISMO
3 O RIO DA MEMÓRIA

Agulha Revista de Cultura teve em sua primeira fase a coordenação editorial de Floriano Martins e Claudio Willer, tendo sido hospedada no portal Jornal de Poesia. No biênio 2010-2011 restringiu seu ambiente ao mundo de língua espanhola, sob o título de Agulha Hispânica, sob a coordenação editorial apenas de Floriano Martins. Desde 2012 retoma seu projeto original, desta vez sob a coordenação editorial de Floriano Martins e Márcio Simões.

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