sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Agulha Revista de Cultura | Fase II | Número 02 | Editorial




O elenco da história e seus bastidores

Unica Zürn





















Uma das mais importantes revistas de cultura da América Latina é a Revista del Instituto de Cultura Puertorriqueña. Criada em 1958, há sobrevivido ao tempo, igual à outra caribenha, Casa de las Américas, de Cuba. São publicações institucionais e talvez daí advenha alguma prévia rejeição à sua credibilidade. Buscando equivalentes no Brasil é impossível não mencionar duas em particular: Piracema e Nossa América. A primeira delas teve uma vida curta e não chegou a 10 números; a segunda acaba de publicar sua edição # 44. Piracema era publicação da Fundação Nacional de Arte – FUNARTE; Nossa América é a revista do Memorial da América Latina. Talvez a relação institucional também aqui opere na direção de tornar imperceptível a importância dessas publicações. No caso brasileiro, o que de algum modo se verifica é um não reconhecimento de sua existência. Temos entre nós uma dupla preocupação, a de preservar a história e a contemporaneidade. Até o futuro corre o risco de ser página virada no Brasil.
Evidente que revistas de cultura são institucionais porque este é um dos papéis que o Estado – qualquer Estado – deve desempenhar: o de identificar, reconhecer, preservar e difundir seu patrimônio cultural. Como o Estado quase sempre é cego, surdo e mudo em relação aos desdobramentos do mundo artístico, a ideia que costuma fazer da cultura tem relação direta com o chamado mundo midiático ou, talvez ainda pior, com seus consultores acadêmicos. Mas pode ser ainda mais grave: quando vincula ambiente cultural a propaganda ideológica. O século XX tem exemplos de sobra para esses casos, em toda uma América Latina que até hoje não compreende muito bem sequer a abrangência geográfica que lhe cabe.
Ao longo do século XX proliferaram revistas de toda ordem, como bandeiras de tendências e gêneros, revistas de grupo ou revistas dedicadas especificamente a uma área de criação: teatro, cinema, poesia etc. Evidente que todas são revistas de cultura, porém o termo requer uma correção, porque em meio a todas as publicações específicas encontramos algumas que tiveram um cuidado mais generoso, uma sensibilidade de compreender que a arte tomava um curso mais amplo e alheio à estratificação científica. Ou seja, de um lado encontramos revistas que são bandeiras de um movimento ou de uma área de criação que souberam ser abertas ao mundo, ao passo que outras eram fechadas, ortodoxas, lacradas em si. Há exemplos assim por toda parte: nas abrangentes, nas específicas, nas institucionais, nas privadas.
Quando desenhamos um mapa do comportamento dessa atividade editorial, o mais correto é mencionar todas e observar as distinções. Enumerar casos sem referência crítica é o mesmo que liberar balística de armas sem referir-se à utilização das mesmas. O máximo a que podemos chegar é que todas as revistas são boas e todas as balas são más. Quem dera o mundo fosse assim tão fácil de compreender. Em 1999, a Alianza Editorial publicou um livro intitulado La cultura de un siglo – América Latina en sus revistas. O autor, Saul Sosnowski, teve um criterioso cuidado de saltar uma década. Não há em parte alguma do livro explicação para o fato de que os anos 60 tenham sido expurgados. Há ainda que observar a mesma chatice de sempre: qual a abrangência do termo “América Latina”? Neste livro não há revistas dos países latino-americanos de língua francesa.
Unica ZürnNos primeiros 10 anos da Agulha Revista de Cultura (1999-2009) criamos uma seção que chamamos de “Galeria de Revistas”. Temos ali 16 países participando, contatos, parcerias, manifestação de nosso desejo de multiplicar o raio de ação da própria ARC. No caso brasileiro fomos buscar revistas de pouca circulação ou de circulação regional, o que imaginávamos ajudaria a compor material de consulta para o caso de um dia uma entidade privada ou institucional interessar-se por um mapa das revistas de cultura neste estranho país chamado Brasil. O curioso é que quase todas as revistas que integram a nossa galeria são impressas. Ao contrário, o mundo impresso parece ter uma resistência imensa em aceitar a fluidez aparente da comunicação no mundo virtual. De uma forma ou de outra, soa como patética a separação.
Agulha Revista de Cultura é uma revista de cultura de circulação virtual que se destina a ampliar o quarto & sala de conhecimento de quantos estejam desinteressadamente interessados nisto. Não inventamos, maquiamos, deformamos ou suprimimos a história. Somos parte dela, independente do alheamento de qualquer pesquisa, institucional ou privada. O fato de que utilizamos uma plataforma virtual não é justificativa para nos inserir em outra categoria. Hoje toda a tradicional imprensa impressa utiliza uma plataforma virtual. Já nos referimos aqui anteriormente às revistas Piracema e Nossa Cultura. Por serem institucionais, correm o risco de não integrarem uma história das revistas de cultura no Brasil. Ou talvez a história esteja sendo escrita, deliberadamente, por gente mal informada.
Claro. Para isto, primeiro temos que esperar pela história. Ainda não há uma.

Os Editores




El elenco de la historia y sus bastidores

Unica Zürn





















Una de las más importantes revistas de cultura en América Latina es la Revista del instituto de Cultura Puertorriqueña. Creada en 1958, ha sobrevivido al tiempo, igual que la otra caribeña, Casa de las Américas, de Cuba. Son publicaciones institucionales y tal vez de allí venga algún previo rechazo a su credibilidad. Buscando equivalentes en Brasil es imposible no mencionar dos en particular: Piracema y Nossa América. La primera de ellas tuvo una vida corta y no llegó a los 10 números; la segunda acaba de publicar su edición 44. Piracema era la publicación de la Fundación Nacional de Arte –FUNARTE; Nossa América es la revista del Memorial de América Latina.  Tal vez la relación institucional también vaya dirigida a volver imperceptible la importancia de esas publicaciones. En el caso brasilero, lo que de algún modo se muestra es el no reconocimiento de su existencia. Tenemos en nosotros una doble preocupación, la de preservar la historia y la contemporaneidad. Hasta el futuro corre el riesgo de ser periódico de ayer en Brasil.
Es evidente que las revistas de cultura son institucionales porque este es uno de los papeles que el Estado –cualquier Estado- debe desempeñar: el de identificar, reconocer, preservar y difundir su patrimonio cultural. Como el Estado casi siempre es ciego, sordo y mudo en relación a los desdoblamientos del mundo artístico, la idea que se acostumbra tener de la cultura guarda relación directa con el llamado mundo mediático o, tal vez peor, con sus consultores académicos. Pero puede ser todavía más grave: cuando está vinculado el ambiente cultural a la propaganda ideológica. El siglo XX tiene ejemplos de sobra en esos casos, en toda una América Latina que hasta hoy no comprende muy bien siquiera el alcance geográfico que le cabe.
A lo largo del siglo XX proliferan revistas de todo orden, como banderas de tendencias y géneros, revistas de grupo o revistas dedicadas específicamente a un área de creación: teatro, cine, poesía, etc. Es evidente que todas son revistas de cultura, sin embargo el término requiere una corrección, porque en medio de todas las publicaciones específicas encontramos algunas que tuvieron un cuidado más generoso, una sensibilidad de comprender que el arte tomaba un curso más amplio y ajeno a la estratificación científica. O sea, de un lado encontramos revistas que son banderas de un movimiento o de un área de creación que supieron abrirse al mundo, al mismo tiempo que otras eran cerradas, ortodoxas, lacradas en sí. Hay ejemplos por todas partes: en las abiertas, en las específicas, en las institucionales, en las privadas.
Cuando diseñamos un mapa de comportamiento de esa actividad editorial, lo más correcto es mencionar todas y observar las diferencias. Enumerar casos sin referencia crítica es lo mismo que liberar balística de armas sin referirse a la utilización de las mismas. A lo máximo que podemos llegar es que todas las revistas son buenas y todas las balas son más. Ya quisiera que el mundo fuese así tan fácil de comprender. En 1999, la Alianza Editorial publicó un libro titulado La cultura de un siglo – América Latina en sus revistas. El autor, Saul Sosnowski, tuvo un juicioso cuidado de saltarse una década. No hay en ninguna parte del libro una explicación para el hecho de que los años 60 hayan sido excluidos. Todavía hay que observar el mismo punto fastidioso de siempre: ¿cuál es el alcance del término “América Latina”? En este libro no hay revistas de los países latinoamericanos de lengua francesa.
Unica ZürnEn los primeros 10 años de Agulha Revista de Cultura (1999-2009) creamos una sección que llamamos “Galería de Revistas”. Tenemos allí 16 países participando, contactos, convenios, todo esto manifestación de nuestro deseo de multiplicar el rayo de acción de la propia ARC. En el caso brasilero fuimos a buscar revistas de poca circulación regional, lo que imaginábamos ayudaría a componer material de consulta para el momento en que una entidad privada o institucional se interese por un mapa de las revistas de cultura en este extraño país llamado Brasil. Lo curioso es que casi todas las revistas que integran nuestra galería son impresas. Al contrario, el mundo impreso parece tener una resistencia inmensa en aceptar la fluidez aparente de la comunicación en el mundo virtual. De una forma o de otra, suena patética la separación.
Agulha Revista de Cultura es una revista de cultura de circulación virtual destinada a ampliar el cuarto y sala de conocimiento de cuantos estén desinteresadamente interesados en esto. No inventamos, maquinamos, deformamos o suprimimos la historia. Somos parte de ella, independiente de la alienación de cualquier investigación, institucional o privada. El hecho de que utilizamos una plataforma virtual no es justificación para inserirnos en otra categoría. Hoy toda la tradicional prensa impresa utiliza una plataforma virtual. Ya nos referimos anteriormente aquí a las revistas Piracema y Nossa Cultura. Por ser institucionales, corren el riesgo de no integrar una historia de las revistas de cultura en Brasil. O tal vez la historia esté siendo escrita, deliberadamente, por gente mal informada.
Claro, para eso, primero tenemos que esperar por la historia. Aún no hay una.

Los Editores
[Traducción de Gladys Mendía]



The cast of history and its backstage

Unica Zürn





















One of the most important Latin-American cultural magazines is Revista del Instituto de Cultura Puertorriqueña. Created in 1958, it has survived time, like the other Caribbean, Casa de las Américas, from Cuba. They are institutional publications and perhaps this is the origin of some previous rejection against its credibility. Seeking equivalent ones in Brazil it is impossible not to mention two in particular: Piracema and Nossa América. The first one had a brief existence, not even reaching 10 issues; the latter has just published its # 44 issue. Piracema was published by Fundação Nacional de Arte – FUNARTENossa América is the magazine of Memorial da América LatinaPerhaps here, too, the institutional relation manoeuvres to make the importance of these publications imperceptible. In the Brazilian case, what somehow occurs is a non-recognizing of its existence. We have among us a double concern, to preserve history and contemporaneity. In Brazil, even the future is under the risk of becoming a turned page.
Of course cultural magazines are institutional because this is one of the roles the State – any State – must play: that of identifying, recognizing, preserving and broadcasting its cultural patrimony. As the State is almost all the time blind, deaf and dumb concerning the developments of the artistic world, the idea its uses to have about culture is directly related to the so-called media world or, maybe even worse, to its academic consultants. But it can be even more serious: when it entails cultural environment to ideological propaganda. The XX Century has enough such examples, all over a Latin America which even at present doesn’t quite understand even its own geographic comprehensiveness.
During the XX century, magazines of all genus proliferated, as icons of trends and genres, group magazines or magazines dedicated specifically to an area of creation: theatre, cinema, poetry, etc. They are, of course, all cultural magazines, but the term demands a correction, because amid all the specific publications we find some which have taken a great care, a sensibility to understand was following a broader course, apart from the scientific stratification. In other words, on one hand we find magazines which are iconic of a movement or area of creation that had the wisdom to be open to the world, while others were closed, orthodox, sealed in themselves. There are examples like this all over: in the comprehensive, in the specific, in the institutional, in the private fields.
When we draw a map of this editorial activity’s behaviour, the rightest thing to do is to mention all of them and to observe the distinctions. Enumerating cases without any reference is like releasing gun ballistics without referring to their use. The farthest we can achieve is that all the magazines are good and the bullets are harmful. I wish the world were thus so easy to understand. In 1999, Alianza Editorial published a book titled La cultura de un siglo – América Latina en sus revistasThe author, Saul Sosnowski, was careful enough to leap a decade. In no part of the book there is an explanation to the fact that the sixties were purged. One still has to observe the same old bore: what is the comprehensiveness of the term “Latin America”? In this book there are no magazines from French-language Latin-American countries.
Unica ZürnIn the first tem years of Agulha Revista de Cultura (1999-2009) we created a section we’d call “Galeria de Revistas” (“Magazine Gallery”). In which there are 16 countries taking part, contacts, partnerships, manifestation of our wish to multiply the radius of action of ARC itself. In the Brazilian case we went to look for magazines with scarce or regional circulation, which we thought would help composing consultation material in case some day a private or institutional entity happened to become interested in a map of the culture magazines in this odd country called Brazil. The curious thing is that all the magazines in our gallery are printed. Contrarily, the printed world seems to have an immense resistance to accept the apparent fluidity of communication in the virtual world. One way or another, the separation sounds kind of pathetic.
Agulha Revista de Cultura (ARC) is a cultural magazine with virtual circulation that aims to widen the degree of knowledge of as many people as are uninterestedly interested in this issue. We do not invent, make up, deform or suppress history. We are part of it, regardless of any research’s distraction, either institutional or private. Our using a virtual platform is no excuse for putting us in another category. At present, all the traditional press use a virtual platform. We have previously referred here to magazines Piracema and Nossa Cultura. Due to being institutional, they are under the risk of not integrating a history of the cultural magazines in Brazil. Or perhaps the history is being written, deliberately, by badly-informed people.
Sure. For this, first we have to wait for history. There isn’t any so far.

The Editors
[Translated by Luiz Leitão da Cunha]



Le casting de l'histoire et ses coulisses

Unica Zürn





















Un des magazines les plus importants de la culture dans L’Amérique latine c’est la Revista del Instituto de Cultura Puertorriqueña. Fondée en 1958, elle a survécu au tempscomme cet autre des Caraïbes, la Casa de las Americas, à Cuba. Ces publications sont d'ordre institutionnel et peut-être il a été advenu un rejet préalable à leur crédibilité. En en recherchant des homologues au Brésil il est impossible de ne pas en mentionner deux en particulier: Piracema etNossa América. La première a eu une vie courte et n'est pas parvenue à 10 numéros ; la seconde vient de publier son numéro # 44. Piracema a été une publication de la Fondation Nationale pour l'Art – FUNARTE, tandis que Nossa América est le magazine officiel du Mémorial d'Amérique Latine. Peut-être la relation institutionnelle ici opère également dans le sens de rendre invisible l'importance de ces publications. Dans le cas du Brésil, comme on peut le voir, il n’y a pas une reconnaissance de leur existence. Nous avons, donc, un double souci, celui de préserver l'histoire et la contemporanéité. Même l'avenir est en danger d'être page tournée au Brésil.
C’est évident que les magazines culturels sont institutionnels, parce que c'est l'un des rôles que l'État – tout État – devrait jouer: celui d'identifier, de reconnaître, de préserver et de diffuser son patrimoine culturel. Comme l'État est souvent aveugle, sourd et muet en ce qui concerne à l'évolution du monde de l'art, l'idée qu’il tend à faire de la culture est directement liée au monde médiatique, ou peut-être encore pire, à leurs conseillers pédagogiques. Mais la situation peut devenir encore pire: quand l’atmosphère culturel est liée à la propagande idéologique. Le XXe siècle a trop d'exemples de ces cas, une Amérique Latine qui jusqu’aujourd’hui ne comprend pas trop bien l’ampleur géographique qu'elle même mérite.
Tout le long du XXe siècle il a proliféré des magazines de toutes sortes, comme drapeaux des tendances et des genres, des magazines de groupe ou magazines consacrés spécifiquement à un domaine de la création: théâtre, cinéma, poésie, etc. Évidemment que tous sont des magazines de culture, mais le terme même en nécessite une correction, parce que parmi toutes les publications spécifiques l’on a trouvé quelques-unes qui ont eu une attention plus généreuse, une sensibilité à comprendre que l'art a pris un cours plus large et étranger à la stratification scientifique.
Autrement dit, d’un côté il y a des magazines qui sont drapeaux d’un mouvement ou d’un domaine lesquels ont su s’ouvrir au monde, tandis que d'autres ont été fermés, orthodoxes, clos en eux-mêmes. Il y a de tels exemples partout: dans les magazines englobants, dans ceux spécifiques, dans ceux institutionnels, dans ceux privés.
Quand nous dessinons une carte du comportement de cette activité d'édition, le plus correct ce serait d’en parler et en observer toutes les distinctions. Énumérer tous les cas sans référence critique ce serait le même que délivrer la balistique des armes sans, cependant, se référer à leur utilisation. Le maximum que l’on  peut atteindre c’est que les magazines sont bons et toutes les balles sont mauvaises. Ce serait merveille si notre monde était si facile de comprendre.En 1999, l’Alianza Editorial a publié un livre intitulé La cultura de un siglo – América Latina en sus revistasSon auteur, Saul Sosnowski, a eu un soin judicieux de sauter par-dessus d’une dizaine d'années. Il n'y a nulle part dans ce livre une explication sur la purgation des années 60. Il reste à voir la même ambiance ennuyeuse de toujours: quelle est l’ampleur du terme “Amérique Latine”? De plus, dans cet ouvrage, il n'y a pas de référence à magazines dans les pays francophones d'Amérique latine.
Unica ZürnDans les premières 10 années de l’Agulha Revista de Cultura (1999-2009) nous avons crée une section intitulée “Galeria de Revistas”. Nous y comptons 16 pays participants, des contacts, des partenariats, soit la manifestation de notre désir de multiplier le rayon d'action de l'ARC. Au Brésil, nous avons cherché les magazines à petite diffusion ou de circulation strictement régionale, ce qui dans notre avis serait une contribution à rendre accessible un matériau de référence dans le cas d’un éventuel intérêt privé ou institutionnel pour l’élaboration d’une carte de magazines culturels dans ce étrange pays appelé Brésil. Le curieux, c’est que presque tous les magazines qui font partie de notre galerie sont imprimés. Par contre, le monde imprimé semble avoir une grande résistance à accepter la fluidité apparente de communication dans le monde virtuel. D'une façon ou d’autre, cela ressemble à une séparation pathétique.
L’Agulha Revista de Cultura est un magazine culturel de circulation virtuel qui vise à élargir la chambre et la salle de quiconque soit désintéressément intéressés à cela. Toutefois, nous n'avons pas inventé, maquillé, déformé ou supprimé l'histoire. Nous en sommes partie, indépendamment de l'aliénation de toute recherche, soit institutionnelle, soit privée. Le fait que nous utilisons une plate-forme virtuelle, ce n'est pas une justification pour nous d'entrer dans une autre catégorie. Aujourd'hui, tous les médias imprimés traditionnels utilisent une plate-forme virtuelle. Nous avons déjà mentionné les magazines Piracema e Nossa Cultura. Parce qu’ils sont institutionnels, ils courent le risque de ne pas intégrer une histoire de magazines culturels au Brésil. Ou peut-être l'histoire est écrite à présent, délibérément, par des gens mal renseignés. Bien entendu.
Pour cela, nous devons tout d'abord attendre l'histoire. Il n’y a pas encore une.

Les rédacteurs en chef
[Traduit par Milene M. Moraes]


ÍNDICE

BA’AL Z’VÛV | Conversación imaginaria entre Ba’al Z’vûv [¿Belcebú?] y Fernando Arrabal
BETTY MILAN | O Século, parte I: A cidade (Paul Virilio) e a guerra (Pierre-Marie Gallois)
CARLOS M. LUIS | Aproximaciones a Yves Tanguy
JOSÉ ALCÁNTARA ALMÁNZAR | Monte Cristi en la poesía de Manuel Rueda
JOSÉ DEL CASTILLO PICHARDO | Lecturas conversando con el tiempo: Granell-Breton
JOVINO SANTOS NETO | Tocando a campainha, na casa de Hermeto Pascoal
MANUEL MORA SERRANO | Tres revelaciones acerca de Alberto Baeza Flores
MARIA APARECIDA DA SILVA | Vida y muerte de las vanguardias poéticas: José Gorostiza
NELSON DE OLIVEIRA & SINVALDO JÚNIOR | Campos de Carvalho & a vingança do ícone iconoclasta
SUSANA WALD | Reencuentro con Edouard Jaguer, impulsor del movimiento Phases
MARÍA PRADO | Unica Zürn: “mitad mujer, mitad serpiente”


Página ilustrada con obras de Unica Zürn (Alemania), artista invitada de esta edición de ARC.


Agulha Revista de Cultura
Fase II | Número 2 | Março de 2012

editor geral | FLORIANO MARTINS | arcflorianomartins@gmail.com
editor assistente | MÁRCIO SIMÕES | mxsimoes@hotmail.com
logo & design | FLORIANO MARTINS
revisão de textos & difusão | FLORIANO MARTINS | MÁRCIO SIMÕES
equipe de tradução
ALLAN VIDIGAL | ECLAIR ANTONIO ALMEIDA FILHO | FLORIANO MARTINS

GLADYS MENDÍA | LUIZ LEITÃO | MÁRCIO SIMÕES | MILENE M. MORAES

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